Vivemos um momento de epidemia da obesidade e estudos comprovam estreitas ligações da obesidade na criança e adolescente com doenças na vida adulta como: diabetes, hipertensão e hipercolesterolemia. A causa é multifatorial, sabe-se que o hábito alimentar inadequado é um dos fatores contribuintes para desencadear a doença. A incidência da obesidade no Brasil vem aumentando nos últimos anos, principalmente nos grandes centros urbanos, independente da classe social.
A obesidade está relacionada na maioria dos casos pelo consumo excessivo de alimentos com redução da atividade física, sendo menos de 5% provocada por distúrbios endocrinológicos ou neurológicos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, o número de crianças obesas tem aumentado cada vez mais. Enquanto nos anos oitenta apenas 3% das crianças eram obesas, hoje este número subiu para 15%.
Este é um dado que preocupa, uma vez que pesquisas mostram que em cada 10 crianças obesas, 8 se tornam adultos obesos. Isto ocorre, pois é durante a infância e adolescência que os hábitos alimentares, que serão seguidos futuramente e que influenciarão diretamente a saúde do adulto, são formados. Por isso, é extremamente importante que neste período a criança seja realmente educada quanto a uma nutrição adequada e balanceada.
Este processo de educação é literalmente um aprendizado, onde os pais têm grande influência, devendo servir como exemplo.Então de nada adianta querer educar um filho se você pai ou mãe não agem corretamente.
A infância e adolescência são períodos onde está ocorrendo o crescimento e desenvolvimento da criança. A demanda energética necessária para suprir estas necessidades é alta, além disso, deve ser suficiente apara garantir a prática de uma atividade física.
Por este motivo restrições alimentares severas não são indicadas, o adequado é apenas a realização de orientações dietéticas, ou seja, cortar o que é excesso na alimentação.
• Evitar consumo excessivo de salgadinhos, frituras, refrigerantes, doces e guloseimas em geral, limitando o uso destes a 1x/semana no máximo
• Mude os lanches do seu filho, usando sanduíches com peito de peru, ou presunto magro ou de aves, queijos magros e lights (muzzarela ou prato light)
• Acrescente suco de frutas ou a própria fruta aos lanches
• Ajude as refeições fracionadas a virar rotina do seu filho, diminuindo assim o volume dos alimentos ingeridos nas refeições principais
• Estimule o uso de saladas cruas, mesmo que no inicio sejam necessários complementos como kani kama, atum ou queijos magros. Uma boa dica é montar pratos de saladas bem coloridos e variados, ou seja, que sejam atrativos para as crianças
• Passe a usar mais produtos integrais, diminuindo a quantidade dos refinados
• Substitua os refrigerantes por sucos naturais e não deixe que a ingestão de líquidos junto às refeições, seja maior que 250 ml
• Procure não adoçar sucos, deixe que a criança crie o hábito em não precisar deste complemento nada saudável ao suco.
• Nunca use doces e guloseimas como recompensas
• Evite que as refeições sejam feitas em frente à TV ou computador
• Não insista que a criança raspe o prato, caso já esteja satisfeita e evite o hábito de repetir mais um pouquinho.
fonte: Portal Minha Vida