Ela foi a pessoa mais nova a ganhar o Prêmio Nobel da Paz – em 2014 (prêmio este compartilhado com Kailash Satyarthi), quando tinha apenas 17 anos de idade – e se tornou um dos maiores ícones mundiais do feminismo, por defender o direito das mulheres à educação. Ela é Malala Yousafzai, uma jovem paquistanesa que ganhou as manchetes de todo o mundo ao sofrer, em 2012, um atentado do Talibã, simplesmente porque queria estudar. Sim, ter o direito de estudar.
Nascida em 12 de julho de 1997, em Mingora, Paquistão, Malala teve, desde cedo, a oportunidade de estudar. Seu pai, Ziauddin, que dirigia uma rede de escolas na região, uma delas a que sua filha frequentava, sempre aceitou meninas e meninos como alunos, situação essa que desagradava o Talibã.
Quando ainda tinha 12 anos de idade (em 2009), Yousafzai começou a mostrar a que veio ao escrever o blog “Diário de uma Estudante Paquistanesa”, com um pseudônimo, onde abordava sua rotina durante a ocupação talibã (que proibia as meninas de terem acesso à escola). Seus relatos, a partir daí, ganharam o mundo e, no verão seguinte, ela já era protagonista de um documentário do The New York Times, que contava o seu cotidiano, na época em que o exército paquistanês atuava na região. Entrevistas e mais entrevistas foram dadas, até que tentaram calá-la.
Em 9 de outubro de 2012, enquanto voltava da escola com suas amigas, na província de Khyber Pakhtunkhwa, Yousafzai sofreu um atentado do Talibã, sendo seriamente atingida por um tiro na cabeça. Após dias em estado grave, foi transferida para um hospital em Birmingham, na Inglaterra, local onde ficou internada até concluir sua recuperação e se exilou com sua família. A tentativa de assassinato, em vez de calar a voz das mulheres paquistanesas, ganhou manchete em todo o mundo e desencadeou um apoio internacional às causas defendidas por Malala.
Desde o atentado, Yousafzai estuda e mora em Birmingham, na Inglaterra, e continua sua causa, por meio do Fundo Malala, para uma educação segura e de qualidade às crianças e adolescentes do sexo feminino. Por toda a sua luta pelos direitos das crianças à educação, desde 2013, até os dias atuais, é tida como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, de acordo com a revista norte-americana Time.
Se você quer conhecer um pouco mais da história desta jovem e grande mulher, leia o livro “Eu sou Malala”, que ela escreveu em parceria com a jornalista britânica, Christina Lamb.
“Eu espero que chegue o dia em que o povo do Paquistão seja livre, tenha seus direitos, paz e que todas as meninas e crianças vão à escola” – Malala Yousafzai.
Confira alguns prêmios e honrarias que Malala Yousafzai já recebeu, de acordo com dados da Wikipedia: