Em todas as semanas deste mês de março, vocês conhecerão as histórias de vida de MULHERES que revolucionaram o mundo com suas atitudes e criações, deixando uma grande contribuição para os dias atuais. E, para começarmos com muito glamour, a primeira diva que homenagearemos é Gabrielle Bonheur Chanel, mais conhecida como Coco Chanel, estilista francesa que revolucionou a indústria da moda com a sua marca (Chanel), até hoje admirada por seu legado sofisticado.
Vinda de uma família humilde, Gabrielle nasceu em 1883, em Saumur (França), e perdeu a mãe logo cedo, quando tinha apenas 12 anos de idade. Por consequência disso, foi levada pelo seu pai a um orfanato, onde aprendeu a costurar e permaneceu até seus 18 anos. História esta que era desconhecida por muitos, na época, pois ela costumava inventar fatos para esconder suas origens.
A partir de sua maioridade, ela foi trabalhar num ateliê chamado Maison Grampayre e, pouco tempo depois, por volta dos 24 anos de idade, já conciliava sua principal atividade à de cantora – período que ganhou o apelido de Coco.
Chanel começou a escrever o seu nome na história da moda ao encurtar o comprimento da saia e masculinizar, com elegância, os casacos femininos. Em meados de 1909, seguindo uma de suas frases mais conhecidas “o mais corajoso dos atos ainda é pensar com a própria cabeça”, arriscou e abriu uma loja de chapéus. E que aposta! Logo, tornou-se muito conhecida ao aparecer nas revistas de moda mais lidas de Paris. Dez anos depois, deu mais um passo rumo aos seus sonhos e abriu a sua primeira casa de costura, quando inventou as calças femininas, revolucionando a forma como as mulheres se vestiam.
Mas foi por volta de 1920 que a vida de Coco Chanel começou, verdadeiramente, a mudar. Nessa época, criou o famoso vestido “pretinho básico” e começou a viver ao redor de artistas renomados como Greta Garbo e Pablo Picasso. Logo, seu estilo começou a ditar a moda mundial e vestiu, com seus modelos exclusivos, atrizes famosas. Os seus conhecidíssimos tailleurs até hoje são sonhados por muitas mulheres.
E como nada para ela era o bastante, deu mais um passo além do seu tempo, e tornou-se a primeira estilista a lançar um perfume com seu próprio nome, sendo o Chanel n° 5 (representando seu número da sorte) o mais famoso de suas fragrâncias e um dos mais procurados até os dias atuais.
Porém, como tudo na vida não são flores, durante a segunda Guerra mundial, ela fechou a sua Maison, que na época já era grandiosa, e despediu cerca de 3 mil mulheres. A reabriu em 1954, mas não com o sucesso de antes, pois, durante esse intervalo, se relacionou amorosamente com um oficial alemão, e os franceses desaprovaram essa passagem de sua vida. Passou por maus bocados, financeiramente e, para sair desse mau tempo, mudou-se para a Suíça (retornando posteriormente à França) e começou a vender suas criações para os Estados Unidos, ganhando notoriedade novamente entre as mulheres ilustres, como a ex-primeira dama dos EUA, Jacqueline Kennedy.
Entre as suas maiores tendências e contribuições para a moda mundial, em alta até os dias atuais, estão os cardigans, os colares de pérolas de várias voltas, os cabelos curtos e as calças femininas.
Sua brilhante trajetória foi encerrada em 1971, quando faleceu aos 87 anos no local onde viveu por muitos anos: o luxuoso Hotel Ritz Paris.